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Segunda-feira, 24 de Março de 2008
História da Língua Portuguesa

Os três séculos passados entre a chegada dos bárbaros e a dos árabes à Península não deixaram documentos linguísticos. No entanto, é certo que o latim se transformava. Somente no século IX surge um romanço peculiar, do qual se teria constituído a língua portuguesa, em decorrência da separação do condado portucalense dos reinos de Leão e Castela.

É assim que, dos falares ibéricos ocidentais, sairá o galego-português -- cujos primeiros textos escritos aparecerão no século XIII - unidade linguística que conserva certa homogeneidade até início do século XIV.


Com a evolução dos dialectos românicos, definem-se três grupos linguísticos, no século XII: o galego-português, o catalão e o castelhano. Quando Portugal se separou da Galiza, falava-se galego-português em toda a região da Galiza e da jovem nação portuguesa. O português originou-se, assim, do galego-português medieval, que foi levado ao sul pela Reconquista.


No início do século XIII, surgem os primeiros textos redigidos em galego-português, empregado, em toda a Península Ibérica, como veículo das cantigas trovadorescas que ali floresceram e também em forma de prosa, em documentos. Com a independência de Portugal, factores políticos, económicos e sociais determinaram a quebra da relativa unidade linguística galego-portuguesa. Já separado do galego por uma fonteira política, o português, bastante diferenciado dos outros falares da região, seguiu o seu curso, tornando-se a língua de Portugal, cuja capital é Lisboa. É então que tem início a fase histórica do português, com a constituição da nova nacionalidade.


Na segunda metade do século XIII, Portugal firmou definitivamente o seu território, com a conquista do Algarve aos mouros. Por esta época, a língua portuguesa já apresentava uma língua literária, em face do catalão e do castelhano. Era a língua poética, segundo Mattoso Câmara, "um tanto convencional, cheia de galeguismos e mesmo provençalismos. Não representa fielmente a língua comum que realmente vigorava no território português. É a essa língua poética que cabe a denominação de galego-português." A prosa literária e a língua escrita corrente já foram mais tardias e tiveram de substituir o latim comumente usado nos textos escritos.


É na base da língua escrita que se costuma considerar, para o português, o período arcaico (até o século XV) e o período moderno. Dentro deste, os séculos XVI e XVII constituem o período clássico, os posteriores, o pós-clássico. E, como acrescenta Mattoso Câmara, "Mesmo, entretanto, do ponto de vista do português oral comum, ou língua nacional em sentido amplo, há diferenças gramaticais nítidas entre os séculos XVI e XVII, de um lado, e, de outro lado, os séculos subsequentes."

A história do léxico português - basicamente de origem latina - reflecte a história da língua portuguesa e os contactos dos seus falantes com as mais diversificadas realidades linguísticas, a partir do romanço lusitânico. Esse acervo apresenta um núcleo de base latina popular (resultante da assimilação e das transformações do latim pelas populações nativas ibéricas), complementado por contribuições pré-românicas e pós-românicas ( de substrato, em que a população conquistada absorve a língua dos dominadores; de superstrato, em que os dominadores adoptam a língua dos dominados; e de adstrato,em que as línguas coexistem, podendo haver até um bilinguismo). Além desse núcleo, é imensa a participação de empréstimos a outras línguas ( empréstimos culturais) e ao próprio latim (termos eruditos tomados ao latim clássico a partir do século XVI). Foram os termos populares que deram feição ao léxico português, quer na sua estrutura fonológica, quer na sua estrutura morfológica. Mesmo no caso de empréstimos de outras línguas, foi o padrão popular que determinou essas estruturas.


O vocabulário fundamental do português -- compreendendo nomes de parentesco, de animais, partes do corpo e verbos muito usuais - é formado sobretudo de palavras latinas, de base hereditária. Esse fundo românico usado na conversação diária constitui, assim, a grande camada na formação do léxico português.


Dentro da contribuição pré-românica (camada do substrato) , destacam-se vocábulos de origem ibérica (abóbora, barro, bezerro, cama, garra, louça, manteiga, sapo, seara); céltica (bico, cabana, aminho, camisa, cerveja, gato, légua, peça, touca); grega (farol, guitarra, microscópio, telefone, telepatia); fenícia (apenas saco, mapa, malha e mata - não havendo muita clareza quanto à sua origem).


A contribuição pós-românica (camada do superstrato) , que compreende palavras de origem germânica, relacionadas ao modo de vida de seu povo e à arte militar, ocorre no século V, época das invasões. São exemplos nomes como Rodrigo, Godofredo, guerra, elmo, trégua, arauto e verbos como esgrimir, brandir, roubar, escarnecer.
Apesar de não impor religião e língua, ao conquistarem a Península Ibérica, os árabes deixaram marcas no nosso léxico. Como camada do adstrato, as palavras de origem árabe correntes em português referem-se a nomes de plantas, de alimentos, de ofícios, de instrumentos musicais e agrícolas: alface, algodão, álcool, xarope, almôndega, alfaiate, alaúde, alicate.


Quanto aos empréstimos culturais, ou seja, os que decorrem de intercâmbio cultural, há no léxico português influências diversas de acordo com as épocas. Segundo Cunha (1970), "A incidência de palavras de empréstimo no português data da época da constituição da língua, e as diferentes contribuições para o seu léxico reproduzem os diversos passos da sua história literária e cultural".


Na época medieval, a poesia trovadoresca provençal influenciou os primeiros textos literários portugueses. Porém, muitos vocábulos provençais, correntes nas cantigas dos trovadores medievais, não se incorporaram à nossa língua. São exemplos de empréstimos provençais: balada, estandarte, refrão, jogral, segrel, trovador, vassalo...


Do século XV ao século XVIII, muitos escritores portugueses, entre eles os poetas do Cancioneiro Geral, Gil Vicente, Camões, escreviam em castelhano e português, o que se explica pelas relações literárias, políticas e comerciais entre as duas nações ibéricas. Como contribuição de empréstimos espanhóis para o léxico português, temos, entre muitas outras, palavras como bolero, castanhola, caudilho, gado, moreno, galã, pandeiro ...


O latim corrente já havia contribuído para a base do léxico português, mas foi durante o Renascimento, época em que se valorizou a cultura da Antiguidade, que as obras de escritores romanos serviram de fonte para muitos empréstimos eruditos. Por essa via, desenvolveu-se um processo de derivar palavras do latim literário, em vez de se partir do termo popular português correspondente (daí uma série de adjectivos com radical distinto do respectivo substantivo: ocular / olho, digital / dedo, capilar / cabelo, áureo / ouro, pluvial / chuva). Esse processo é responsável pela coexistência de raízes distintas para termos do mesmo campo semântico. Houve, também a substituição de muitos termos populares por termos eruditos ( palácio / paaço, louvar / loar, formoso / fremoso, silêncio / seenço, joelho / geolho ).


A expansão portuguesa na Ásia e na África foi mais uma fonte de empréstimos. São de origem asiática: azul, bambu, beringela, chá, jangada, leque, laranja, tafetá, tulipa, turbante ... São de origem africana: angu, batuque, berimbau, cachimbo, engambelar, marimbondo, moleque, quitanda, quitute, samba, senzala, vatapá ...
Em virtude de relações políticas, culturais, comerciais com outros países, é natural que o léxico português tenha recebido (e continue a receber) empréstimos de outras línguas modernas. Assim, incorporaram-se ao nosso léxico palavras provenientes do francês (chefe, hotel, jardim, paisagem, vitral, vitrina); do inglês (futebol, bife, córner, pudim, repórter, sanduíche, piquenique); do italiano (adágio, alegro, andante, confete, gazeta, macarrão, talharim, piano, mortadela, serenata, salame); do alemão (valsa, manequim, vermute). Nos tempos actuais, o inglês tem servido de fonte de inúmeros empréstimos, sobretudo nas áreas técnicas, o que demonstra a estreita ligação que o processo de mudança linguística tem com a história sócio-política-cultural de um povo.

publicado por paulacalcadaalves às 21:11
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Quinta-feira, 6 de Março de 2008
Caça ao Erro 2

 

1. Quantos erros existem no seguinte texto? DIZ QUAL A FORMA CORRECTA DE CADA UM, EXPLICANDO.

 

 Ele era um homem de muito bom censo. Para mais, era o campião das ceifas na aldeia. Não se fêz rugado: mediu o campo e pôs-se a cegar o trigo sem demora, sózinho. A cubiça dos outros não o incomodava; que falassem e dissessem mal! Tinha mais de cincoenta anos e já ninguém lhe dava concelhos, com quanto jamais os tivesse desdenhado. Concerteza daria concerto à sua vida, a pesar de ser viúvo e de ser assás complicada a tarefa. Mas a colheita era boa e tinha sido informado de que o preço do alqueire aumentaria de cinco euros.

A.

15

B.

16

C.

17

D.

18

E.

19

 

2. Quantos erros existem no seguinte texto? DIZ QUAL A FORMA CORRECTA DE CADA UM, EXPLICANDO.

Caros amigos: tendo em conta o papel do turismo na nossa economia e a estrema importancia que as novas tecnologias adquiriram no cotidiano, é com muita alegria que vos comunico uma novidade certamente revolucionaria. Trata-se de um novo tipo de restaurante – o restaurante virtual! A partir de agora, quem decidir recorrer aos nossos serviços poderá, mediante o pagamento de uma pequena tacha, fazer as suas principais refeições através da Internet, utilizando para isso um programa informático grassas ao qual os pratos chegarão directamente à pantalha de cada computador, sempre quentinhos e saborosos. Além disso, posso assegurar-vos de que todas as nossas especialidades terão zero calorias e estarão de acordo com as ultimas normas em vigor na União Europeia. Com esta iniciativa damos um paço decisivo na inovação tecnológica, aproveitando para combater simultâneamente o flagêlo da fome, que deixará de apoquentar as nossas famílias.

A. 8

B. 9

C. 10

D. 11

E. 12

publicado por paulacalcadaalves às 22:44
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Ficha de Verbos

Ficha de trabalho

 

 

1.       Manda a vontade e vou ___________________ (cumprir).

2.     Manda a vontade e vou ___________________ (dominar).

3.     O mostrengo assustou os homens e _____________________(fazer) tremer.

4.     O homem do leme já chegou de viagem? ____________________ (tu- trazer) à minha presença).

5.     Os nautas gritaram ao mostrengo e _____________________ (vencer).

6.     A alma teme o perigo, mas vou ___________________ (superar).

7.     Deparámo-nos com o mostrengo e _____________________ (conquistar).

8.     Se abordássemos o mostrengo, ______________________ (derrubar) sem piedade.

9.     O mostrengo escondeu-se no fim do mar, mas nós ____________________ (ver).

10.  Os marinheiros procuraram o mostrengo e ________________________ (encontrar).

11.   O mostrengo apavorou a comitiva e _____________________ (fazer) temer o pior.

12.  Encontrámos o mostrengo e ______________________ (vencer).

13.  O mar é teu, contudo vou _______________________ (conquistar).

14.  Os súbditos de D. João II avistaram o mostrengo e ____________________ (dominar).

15.  Atacaremos o mostrengo e _____________________ (derrotar) para sempre.

16.  Domino o mar e não vou ______________________ (ceder).

17.  Os nautas tremeram ao depararem com o mostrengo, mas ______________________ (desarmar).

18.  O homem chegou vitorioso da viagem e disse: “Eu ___________________ (fazer) pelo meu povo.

19.  Os marinheiros intimidaram o mostrengo e ____________________ (conquistar).

20.O mostrengo chiou três vezes, mas nós _______________________ (enfrentar).

21.  Moro nas cavernas do fim do mundo e não vou ______________________ (deixar).

22.Se o mostrengo fosse morto pelo homem, isso _______________________(fazer) sentir-se vitorioso.

23.Os nautas ambicionaram a posse do mostrengo e _______________ (matar).

24.O homem do leme disse antes da viagem: “Eu __________ (fazer) sem receio algum!”.

25.O mostrengo rodou três vezes, mas nós ______________ (superar).

26.Seria bom que os homens derrotassem o mostrengo; isso ____________ (tornar) famosos.

27.  Os marinheiros ouviram o mostrengo chiar e ________________ (calar).

publicado por paulacalcadaalves às 22:40
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Domingo, 2 de Março de 2008
Registos de Língua

REGISTOS DE LÍNGUA

 

       Os enunciados, orais e escritos, dependem das situações de comunicação. Para transmitir a mesma informação, o mesmo indivíduo utilizará registos de língua diferentes em função do seu interlocutor, do local e das circunstâncias em que se encontra e da natureza da mensagem.

 

       Embora não havendo uma demarcação rígida entre eles, os registos de língua podem ser reunidos em três grupos: o registo corrente, registo cuidado e registo familiar.

 

Registo corrente

 

O registo corrente corresponde à norma (o uso correcto da língua que funciona como modelo dentro de uma comunidade linguística) e é utilizado pela maioria dos membros da comunidade linguística. É caracterizado pelo emprego de palavras, expressões e construções gramaticais simples.

 

Registo cuidado

 

É pouco utilizado na oralidade, excepto em ocasiões solenes (discursos políticos, conferências científicas, sermões) ou quando uma grande distância social separa os interlocutores. Este registo caracteriza-se por um vocabulário rebuscado, por uma construção gramatical complexa.

 

Registo familiar

 

É utilizado em situações caracterizadas pela informalidade, em família, entre amigos. Emprega um vocabulário muito simples e pouco variado; a frase é muito simplificada gramaticalmente. É o registo usado nas cartas para amigos ou familiares.

 

Registos Especiais:

 

Registo de língua popular: utilizam este registo as camadas menos alfabetizadas da população.

 

Gíria: é um conjunto de vocábulos e expressões adoptados em certas profissões ou actividades. Existe a gíria dos jornalistas, dos pescadores, dos estudantes, etc.

 

Calão: é um registo de língua que abrange dois tipos de palavras: as que são usadas por quase todos os falantes da língua portuguesa: bestial, chatice; por outro lado, as que são usadas por um número restritivo de falantes, os marginais: naifa (navalha), ostra (montra de ourivesaria).

 

Linguagem técnico-científica: aqui estão inseridos os dicionários, e enciclopédias especializados, assim como os livros técnicos.

publicado por paulacalcadaalves às 18:49
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